Transformação digital no governo: quais são os impactos e tendências?
A era digital é algo que grande parte das empresas privadas e da população vem experimentando. No entanto, no setor público, ainda percebemos uma movimentação lenta no que diz respeito à adoção de ferramentas digitais e soluções tecnológicas. Em função disso, só hoje estamos conseguindo perceber os reais indícios de uma transformação digital no governo.
Você sabe exatamente como isso afeta os órgãos públicos? Quais são as consequências para a população? E quais são as principais tendências esperadas da transformação digital? Se você quer descobrir mais sobre esse assunto, fique conosco e aproveite a leitura!
O que é a transformação digital no governo?
A transformação digital, seja no setor público ou privado, surge primeiramente de uma mudança de mentalidade dos líderes. A tecnologia é fonte de inúmeros recursos relevantes para a gestão, especialmente de órgãos públicos, mas aderir a ela é apenas uma pequena parte desse processo de transição.
O uso do ambiente digital deve ser encarado como algo cultural, que está presente em praticamente todos os fluxos de trabalho. Portanto, a transformação digital no governo é a transição de um modelo operacional convencional, extremamente manual e até ineficiente, para ambientes integrados, ágeis e interconectados, que atribuem eficiência e qualidade ao trabalho.
Existem alguns pontos que já podem ser identificados como transformação digital no governo. Você poderá conferir os principais a seguir.
Digitalização de processos
Os órgãos públicos são responsáveis por um volume enorme de serviços. Isso gera uma carga significativa de processos internos que devem ser seguidos. Pensando nisso, cada vez mais o governo tem atentado à necessidade de repensar seus procedimentos, desde a sua concepção. Isso é chamado de design digital, ou seja, o processo já nasce dentro de um mindset digital.
A intenção é fazer com que os fluxos de trabalho sejam mais precisos e rápidos, seja por meio da computação em nuvem, de assinaturas digitais, da comunicação multicanal e assim por diante. Cada processo integrado ao ambiente digital contribui um pouco mais para a eficiência da máquina pública.
Desburocratização
A transformação digital é o meio ideal ideal para promover melhorias constantes nos processos administrativos. Isso permite que o governo abandone alguns obstáculos burocráticos e assuma maior eficiência operacional, sem comprometer seu orçamento com gastos exorbitantes. Isso melhora o relacionamento com a sociedade e garante um fluxo de trabalho mais satisfatório.
Como o tema vem sido tratado pelos órgãos públicos?
Os líderes do setor público têm se mostrado atentos à importância da transformação digital no governo. O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, por exemplo, está focado em desenvolver soluções que utilizam recursos importantes, como inteligência artificial e internet das coisas. Outros pontos também recebem atenção, como a segurança digital, especialmente na administração pública.
O governo também já apontou que a transformação digital pública é uma das suas prioridades. A ideia é que sejam criadas ferramentas que melhorem tanto o planejamento quanto o trabalho em equipe no setor. Entre os focos dessa administração também estão a criação de recursos para a resolução de problemas sociais e para a melhoria da qualidade de vida da população.
Quais são as tendências esperadas?
Existem muitas mudanças que devem ser esperadas durante esse processo de transformação. O intuito é justamente que aquele modelo lento e burocrático de gestão seja deixado para trás, para assumir uma forma mais fluida, dinâmica e intuitiva. Um exemplo simples disso é que muitos serviços ainda realizados exclusivamente pelos órgãos públicos poderiam ser executados pela própria população, em ambiente digital.
No entanto, existem diversos outros movimentos que podem ser apontados para um futuro próximo, como:
- a transição de uma administração para o usuário a uma administração pelo usuário;
- a comunicação aberta de cidadãos e de empresas com o governo sobre as suas necessidades;
- a elaboração participativa de políticas públicas e da implementação de serviços eletrônicos;
- uma postura proativa da gestão pública, antecipando o desenvolvimento econômico e social;
- a utilização da tecnologia para conectar partes interessadas em criar soluções de bem comum;
- um modelo de gestão orientado por dados, considerando perfis de consumo e tendências sociais;
- o comprometimento com a geração de dados abertos, ou seja, com fácil acesso pela sociedade;
- a criação de processos dentro de um formato tecnológico, com um mindset digital;
- o fim de alguns processos manuais e analógicos;
- a maior utilização de soluções de inteligência artificial e internet das coisas;
- o engajamento multicanal com os cidadãos, desde as redes sociais até as plataformas oficiais;
- o uso de uma identidade digital segura, padronizada e completa;
- o investimento constante em eficiência do setor de TI;
- a capacitação digital de servidores públicos, voltada para a inovação de processos.
Como essas mudanças vão impactar o setor público?
A ideia de que o governo é algo lento e sólido é muito presente, não apenas na sociedade brasileira, mas em muitas pelo mundo. No entanto, é justamente isso que a transformação digital visa mudar. Essencialmente, a tentativa é de que os órgãos públicos passem a encarar a gestão governamental com uma abordagem mais fluida e ágil.
Muitas soluções tecnológicas podem ser adotadas nas mais diversas áreas, incluindo a saúde e a educação, nas quais teriam um forte impacto. A gestão de dados, a integração de sistemas e a computação em nuvem são apenas alguns dos pequenos primeiros passos que já podem ser dados para se preparar para essas mudanças.
Além disso, medidas já vêm sendo tomadas no que diz respeito ao desenvolvimento de cidades inteligentes. Isso tudo impacta na forma como as pessoas utilizam serviços como segurança pública, transporte, saúde e outros. Automaticamente, quando essas soluções nascem por meio de um mindset digital, elas ajudam a retroalimentar o governo com dados relevantes para a administração pública.
É preciso se familiarizar com os ambientes digitais, com um modelo de trabalho integrativo, transparente e, principalmente, rápido. É claro que, para isso, se faz necessário investir pesado no desenvolvimento tecnológico governamental, garantindo segurança digital e expertise na área para continuar desenvolvendo soluções criativas.
E você, como acha que serão os impactos causados pela transformação digital no governo? Deixe o seu comentário e compartilhe a sua ideia!