5 dicas para otimizar a gestão pública em 2022
Resultados de sucesso na gestão pública são frutos de um planejamento estratégico bem definido e que deve ser realizado periodicamente. Com a chegada de um novo ano, chega também o momento de aplicar essas metas listadas anteriormente. A fim de otimizar ainda mais a gestão pública em 2022, listamos mais 5 dicas que podem ser colocadas em prática a qualquer momento.
As dicas foram extraídas da última edição do Conexão GovTec, realizada no dia 23 de novembro de 2021. O bate-papo reuniu o secretário-adjunto de Tecnologia da Informação do Maranhão, Leandro da Silva Costa; o coordenador de Informação, Tecnologia, Evidências e Matrícula na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Marcos Aparecido Barros de Lima; o diretor comercial da Digix, Diego Ferreira e contou com mediação da gerente comercial da Digix, Gabriela Rojas.
Mensalmente, o Conexão GovTec proporciona encontros com experts em tecnologia e gestão pública. O objetivo é debater sobre as tendências do momento e as boas práticas realizadas em todo o Brasil.
No último bate-papo de 2021, os convidados falaram sobre três pilares que são fundamentais para a gestão pública alcançar a excelência. Estamos falando de pessoas engajadas, os processos definidos e a tecnologia em pleno funcionamento. Confira agora alguns dos insights que podem ser utilizados na sua administração para otimizar os resultados da gestão pública neste ano.
Troca de conhecimentos
Um ponto citado pelos participantes foi a aproximação entre os órgãos. A ideia é que as instituições realizem trocas de experiências para aprender com os acertos e erros de quem já desenvolve certa atividade.
Para o coordenador de Informação, Tecnologia, Evidências e Matrícula na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Marcos Aparecido, essa troca é muito importante para que a gestão pública tenha uma melhoria contínua.
“O nosso público são as pessoas, a gente faz atendimento ao público e quanto melhor, quanto mais informações, quanto mais experiências a gente tiver, quanto mais você conhecer os erros que aconteceram em outros processos, mais a gente vai aprendendo também. Assim como nós também vamos colocando os erros que nós tivemos e a gente vai trocando essa experiência para ter cada vez melhor o atendimento ao nosso público”, disse.
“Muitas vezes nem é uma tecnologia diferenciada, é um processo, é uma metodologia, é uma mentalidade para ganhar resultados maiores. Então a minha dica é tentar se aproximar um pouco desses órgãos que estão no mesmo nível que você fazendo essas atividades”, complementa o diretor comercial da Digix, Diego Ferreira.
No Maranhão, de acordo com o secretário-adjunto de Tecnologia da Informação, Leandro da Silva Costa, esta é uma prática que será realizada internamente. “Os órgãos aqui internos, tem uns avançando mais que os outros, e a gente vai poder tentar a partir de agora explorar o que de bom e o que de ruim eles conseguiram avançar”, afirmou.
Planejamento
O coordenador, Marcos Aparecido, destacou que grandes planejamentos são importantes. Entretanto relembrou o período de pandemia, onde os órgãos tiveram que planejar de forma rápida para ter um bom resultado e, agora, a maioria das pessoas entendem a importância da tecnologia e de envolvê-la em qualquer planejamento.
“A gente sempre faz um planejamento gigante para um resultado e a força da tecnologia agora foi a gente ter pouco tempo de planejamento para fazer grandes implementações e foi importante todo mundo entender o processo da tecnologia, que com planejamentos mais rápidos, foram assertivos. Bons gestores fizeram coisas assertivas. O planejamento de ‘vamos fazer’, colocar todo mundo no processo e ter um bom resultado”, lembrou.
O diretor comercial da Digix, Diego Ferreira, ainda comentou que o ideal é planejar, entregar e aprender com aquilo que foi feito, ou seja, verificar o que pode evoluir e caso tenha errado também já revisar o planejamento o mais rápido possível.
“Independente da metodologia, no planejamento, o inicial é realmente ter todas as pessoas alinhadas e também alocar esse objetivo e o resultado que aquilo vai trazer para que no checkpoint isso seja cobrado tanto das pessoas quanto dos indicadores, dos números, se aquilo está tendo progressão ou não”, sugeriu.
Ouvir os envolvidos
Outra dica extraída do bate-papo é o ato de ouvir as pessoas que estão na ponta e dar a devolutiva para fazer a diferença. Isso, de acordo com especialistas, faz com que os processos sejam melhores planejados e desenvolvidos.
“É um processo de ouvir mesmo. Órgão público, ou você ouve, ou você acha que está resolvendo tudo e não está resolvendo nada. E o ouvir mesmo com críticas é você ir lá, ouvir, sentar do lado da pessoa e usar isso para o bem. Quando a gente ouve o que a pessoa está reclamando, a gente consegue fazer um processo muito melhor”, destacou Marcos.
Mudança cultural
A utilização de tecnologia simplifica rotinas, mas ao mesmo tempo pede que os servidores se adaptem a essas mudanças, o que algumas vezes pode ocasionar medo e resistência às novas formas de trabalho.
“Alguns entendem toda essa mudança do processo, outros requerem um pouco mais de treinamento, um pouco mais de uma abordagem quase que 1 para 1 mesmo, de você chegar e conversar com aquele servidor e mostrar pra ele que o processo que ele fazia tinha dois, três passos e hoje ele só faz com um e atende com maior eficiência aquilo que ele fazia lá atrás, que ele achava que era eficiente”, comentou o secretário-adjunto de Tecnologia da Informação, Leandro da Silva Costa.
“Qualquer mudança cultural, ela dói. Qualquer mudança cultural, ela é um choque. Então é ter paciência e ter a clareza de que se agente mudou o processo, por mais difícil que seja, sempre foi pensando em acertar”, ponderou Marcos Aparecido.
Valorizar os servidores
Por fim, mas não menos importante, a dica dos experts é a valorização do servidor público. Já que é importante lembrar que este é quem está inteiramente envolvido com o processo e sabe com detalhes os pontos que podem ser melhorados para entregar um serviço com mais qualidade.
“Tem que valorizar essas pessoas que estão envolvidas no processo, tanto ali no central, quanto quem está ao redor. Sem eles, não consegue nada”, argumentou o coordenador de Informação, Tecnologia, Evidências e Matrícula na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Assim, com a integração destes três elementos – pessoas, processos e tecnologia – é possível garantir que a inovação e os resultados assertivos sejam contínuos na administração. Desta forma, serviços ágeis, transparentes, eficientes e de qualidade para a população são proporcionados.
Deseja conhecer mais sobre as práticas de São Paulo e Maranhão? Clique aqui e confira a 6ª edição do Conexão GovTec na íntegra.