Identidade digital: como o documento impacta os brasileiros?
Um dos objetivos da realização do cadastro biométrico de todos os eleitores brasileiros é a coleta de dados para o andamento do projeto Identificação Civil Nacional (ICN). O intuito é dar seguimento ao programa do governo federal para fazer a emissão da identidade digital.
Como essa ainda é uma novidade que está sendo implementada aos poucos, preparamos este artigo para explicar para você mais detalhes do programa. Então, continue lendo para entender ao certo como ele funciona, quais são as suas vantagens, o que é necessário para estabelecer a identidade digital e quais são as tendências dessa nova tecnologia!
Como funciona a identidade digital?
No atual sistema de identificação adotado no Brasil ocorre uma regionalização: cada estado faz o devido registro dos seus cidadãos. Por isso, uma pessoa consegue ter diversas identidades em diferentes estados.
As fraudes também são facilitadas e há necessidade de o cidadão portar diversos documentos, pois cada um deve ser apresentado dependendo daquilo que se pretende fazer. Essa grande quantidade de números e papéis tem o inconveniente de interferir na produtividade e na praticidade, além de aumentar as chances de perdas.
Para solucionar todos esses problemas, o Governo Federal está com um projeto em andamento para fazer a emissão da identidade digital, ou seja, o Documento Nacional de Identidade (DNI), que faz a unificação das informações do cidadão.
Essa nova identidade consiste na reunião de todos os dados de uma pessoa em meio digital, gerando um número de 9 dígitos. Ela possibilita fazer a identificação e o levantamento das informações necessárias utilizando um aplicativo, que pode ser baixado em aparelhos móveis como tablets e smartphones.
A ideia visa reunir diversos documentos em um só por meio de um cadastro digital de cada brasileiro. Desse modo, minimizamos as chances de fraudes, aumentamos a segurança dos registros, bem como a praticidade para o dia a dia do cidadão e dos órgãos governamentais.
Quais as vantagens da identidade digital?
Todas as transações realizadas no dia a dia exigem documentos como RG, CPF e CNH. Em muitos casos, o cidadão ainda precisa apresentar outros, como certidão de casamento e título de eleitor. A grande vantagem da identidade digital é fazer com que todos esses documentos estejam reunidos em um só, facilitando a portabilidade e a consulta.
A seguir, falamos um pouco mais sobre as vantagens desse programa para que você entenda por que ele é uma inovação tão importante.
Segurança
Na identidade digital, os documentos não serão mais um pedaço de papel. Com isso, aumentamos a segurança. A fraudação de números, o roubo de dados ou o uso indevido deles serão evitados por causa da tecnologia, que dificulta essas ações e permite a sua detecção de forma rápida.
O que garante essa vantagem é a leitura biométrica e o uso do QR Code dinâmico, gerado pela própria identidade digital. Assim, existe uma chave de acesso que faz a decodificação dos dados criptografados pelo sistema, para que não seja possível a sua leitura senão por quem tem essa chave.
Praticidade
Conforme citamos, o objetivo da identidade digital é reunir todos os documentos do cidadão em um só banco de dados. Por isso, não será mais necessário que ele esteja portando esses papéis, basta acessar o aplicativo para ter acesso ao número e para que seja feita a leitura do código, a fim de ter acesso às informações.
Flexibilidade
A identidade digital também é um sistema muito mais flexível do que o atual, pela facilidade em fazer acréscimos no banco de dados. Isso significa que no futuro também será possível disponibilizar outros dados que são de interesse do cidadão, como PASEP, PIS e NIT. Aliás, já existe a ideia de fazer a integração desses documentos ao DNI.
Agilidade
Atualmente, as transações exigem diversas etapas para serem concretizadas, envolvendo idas ao cartório, reconhecimento de firma e autenticação de documentos. Com a identidade digital, é possível alcançar mais praticidade, aumentando a agilidade das rotinas.
Facilidade na instalação
Como você viu, esse novo sistema, no primeiro momento, estará disponível para instalação em smartphones e tablets. Consiste em um aplicativo que pode ser facilmente instalado nesses aparelhos, como qualquer outro programa que utilizamos no dia a dia. É muito simples e intuitivo.
O que é preciso para estabelecer a identidade digital?
A implementação da identidade digital iniciou por meio do registro biométrico promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As digitais que foram e estão sendo coletadas são inseridas nesse banco de dados e são o primeiro passo para a obtenção do DNI.
Atualmente, ele está disponível apenas para pessoas físicas. Porém, outras tecnologias de identificação digital podem ser utilizadas por pessoas jurídicas. Esse é o caso do certificado e da assinatura digital.
Para ter acesso ao DNI, o cidadão precisa apenas realizar o seu registro biométrico junto ao TSE. Depois, é necessário fazer o download do aplicativo e realizar o seu pré-cadastro, para então comparecer ao cartório eleitoral, ou a uma instituição conveniada para validar e certificar as informações fornecidas.
Quais as tendências para os próximos anos?
A tecnologia no setor público possibilita automatizar processos, centralizar dados e informações, e integrar departamentos e sistemas. Por isso, ela traz maior produtividade para o dia a dia e permite a humanização das transações realizadas, melhorando a vida do cidadão.
Por essa razão, a identidade digital é uma novidade que vem acompanhada de tendências para os próximos anos. A biometria, mais conhecida pela identificação da digital, tem um espectro muito mais amplo. Por meio dela é possível identificar qualquer parte do corpo, como a face, a íris, a geometria da mão e até mesmo a voz.
Além da utilização do QR Code, que tem um período de validade curto, existe a alternativa do SMS Token. Ele faz autenticação por meio de números gerados pelo sistema e é utilizado por diversas instituições e bancos.
Conforme explicamos, também existe a intenção de fazer uma evolução na identidade digital. Hoje, ela dispõe dos dados da Receita Federal e da Justiça Eleitoral, mas a intenção é reunir ainda outras informações.
No que se refere à utilização do número de celular para substituir documentos como RG e CPF, trata-se apenas de especulação. Não existe um projeto para implementar um sistema como esse mesmo, porque o número se mantém atrelado a uma operadora de telefonia.
Já existem, também, as identificações globais emitidas para empresas. Esse é o caso do D-U-N-S® (Data Universal Numbering System), número de identidade exclusivo no mundo dos negócios que permite a uma empresa realizar transações e negociações internacionais.
A identidade digital começou a ser emitida no final de 2019, então, ela já é uma realidade entre os brasileiros, por enquanto facultativa. Por isso, é interessante adequar os setores públicos e adotar essas novas tecnologias para modernizar os processos, tornando-os mais práticos, simples e humanos, adequados à nova realidade da sociedade.
E você? O que achou dessa novidade? Também acredita que vai facilitar a vida de todos os brasileiros? Deixe seu comentário e divida com a gente sua opinião!